quarta-feira, 24 de outubro de 2007

Aborto? Como assim?


Hoje realizamos uma enquete no Campus da universidade. "Você é contra ou a favor à legalização do aborto? Por que?", era a pergunta.
Acima da opinião contrária ou não, o que mais impressionou foi a desinformação quanto a um assunto que afeta diretamente a vida de tantas mulheres e bebês.
Muitos defendiam a legalização do ato única e exclusivamente em caso de gravidez por estupro ou de má formação do feto. (Mas isso já não consta na legislação brasileira?)
Vamos, pois, tentar esclarecer: "A legislação brasileira relativa ao aborto já tem alguns pontos estabelecidos. Atualmente o procedimento é permitido em duas situações: risco de vida para a mãe e gravidez resultante de estupro. Uma terceira possibilidade se refere a casos de anomalias fetais incompatíveis com a vida. Podendo esta, contudo, ser realizada apenas após a expedição de um alvará judicial autorizando a mulher a interromper a gravidez.
Para qualquer outra circunstância o aborto é considerado crime".
(GUILHEM D. 2004. Aborto: legalidade, moralidades, dignidade. Secretaria de Comunicação - SECOM - UNB Disponível em http://www.secom.unb.br/artigos/at0404-01.htm , acesso em 25/10/2007)

É a última questão, portanto, o foco do debate. O aborto deve ser legalizado nessas “outras circunstâncias”?

O problema é que as pessoas até sabem que existe a discussão, mas não sabem o que exatamente está se discutindo. E isso se agrava quando, por exemplo, essas mesmas pessoas são chamadas a decidir o futuro do país em um plebiscito ou em uma eleição. Fazem suas escolhas irrefletidamente, embasadas apenas no senso comum.
De quem é a culpa? Erramos quando nos desinteressamos. Deveríamos iniciar uma busca pessoal e eterna pela compreensão do que acontece à nossa volta. Mas não somos os únicos culpados. Os veículos de comunicação e o Governo deveriam promover debates mais abrangentes (sobre diversos assuntos), ultrapassando as redomas do mundo intelectual, rumando às massas, para que, então, cada brasileiro tenha capacidade de (por si só) formular uma opinião.

Particularmente, sou contra a legalização desse ato. Um artigo denominado "O Direito Constitucional do Feto", escrito pelo jornalista Paiva Netto, expressa bem o que penso a respeito. Quem quiser, pode acessá-lo pelo link http://www.paivanetto.com.br/interno/interno.php?sp=144106&ci=1&cs=3.
Que a sociedade saiba identificar o melhor caminho...

E você? Já pensou sobre o assunto?

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