segunda-feira, 12 de dezembro de 2011

Pois não há lugar melhor que BH


Em homenagem à minha terrinha, que completa hoje 114 anos, transcrevo relatos do Espírito João Lúcio que, semelhante ao que fez André Luiz em relação a “Nosso Lar”, descreve a colônia espiritual Novos Horizontes, que deu origem à capital dos mineiros.

"A impressão que guardei foi a de que o esplendor de uma cidade nobre e iluminada tinha seus alicerces nas Serras do Cural Del Rey. Um sentimento de respeito e reverência se me assomou do coração, e, ao identificar muralhas altíssimas que pareciam sumir no espaço vibratório entre a Crosta e aqueles Domínios Espirituais, ocorreu-me o pensamento de que elas se assemelhavam, de algum modo, aos muros que defendiam cidades do passado, como a poderosa Roma dos Césares.

Adentrando, deparei-me com um espetáculo arquitetônico de rara beleza. Edifícios preciosos guardando linhas impecáveis misturavam o gosto helênico às manifestações renascentistas e românticas da França.

Quebrando o assombro agradável que me induzia a gaves reflexões, André Luiz considerou:

- Esta cidade, meu amigo, representa, no Mundo Espiritual, a execução do projeto das grandes almas que inspiraram a organização da capital de Minas! (...) Se Nosso Lar foi iniciativa de portugueses distintos, atentos aos imperativos de educação e progresso que beneficiassem o conjunto de almas vinculadas o Brasil colônia, há muitos anos, Novos Horizontes surgiu pela cooperação daquela e de outras cidades espirituais já existentes na Terra de Santa Cruz, mas com efetiva liderança de notáveis lidadores da política e da arte, da cultura e da fé, que nos antigos ambientes de exploração mineral das Alterosas, já haviam lutado e sofrido, abrindo perspectivas ao progresso geral e redimindo-se de antigos estigmas do pretérito culposo.

Seguimos por entre alguns edifícios majestosos – todos delicadamente trabalhados por hábeis artistas de gosto espetacular. Pessoas simpáticas nos cumprimentavam ao cruzarem conosco na via pública.

Por que “Novos Horizontes”? – indaguei de André Luiz.

- A denominação desta cidade, meu amigo, é o indicativo de seus nobres anseios. Os Espíritos que idealizaram os rumos históricos de Minas Gerais já per lustraram experiências marcantes no pretérito remoto e próximo, como por exemplo as lutas do Império Romano, nas regiões da Gália Cisalpina e da França, em suas fases renascentista e napoleônica. Aproveitando seus dotes e experiências, planejaram e executaram, com permissão do Alto, esta cidade que lhes expressa os novos ideais Cristãos, arduamente amadurecidos pelas batalhas pregressas em outros climas. (...) Esta cidade espiritual é, pois, o fruto dos melhores sentimentos e anseios de valorosos lidadores de outros tempos, cujo legado diz de seu gosto apurado e sublimada visa, na bendita faina de amparar e fazer progredir os seus semelhantes.

Meu olhar se estendia pela amplitude daquele acervo de cultura e espiritualidade. Vários prédios artisticamente dispostos se misturavam a belíssimas árvores, formando um conjunto de beleza clássica inigualável. Colunas diversas definiam caminhos de acesso a construções mais simples no porte, mas elegantes e graciosas no estilo. Do centro, em que se erigiam os edifícios mais primorosos, como divina praça de grandes proporções, partiam esses caminhos enfeitados de monumentos e de árvores de flores diferentes, parecendo desaguar em vilas imensas, de aspecto circular.

- E quais são as características dos que são acolhidos por aqui? Perguntei ao nobre amigo.

- As mesmas dos que aportam em Nosso Lar, já que o sistema que rege as duas colônias é quase idêntico na essência, por guardarem os mesmos propósitos.”

O autor espiritual segue narrando experiências em postos de socorro ao redor da colônia espiritual belorizontina e curiosidades, como o aerobus à moda mineira. Vale a pena a leitura completa do livro, principalmente pelos ajustes de consciência que ele propõe.

Serviço: Livro “ Em Novos Horizontes”. Pelo espírito João Lúcio, psicografia do médium Wagner Gomes da Paixão. Publicação da União Espírita Mineira.

E parabéns à "mocinha" BH! Minha cidade pode até não ter praia, ser a capital mais provinciana e estar com o trânsito cada vez mais difícil, mas adoro sua energia, as Serras que a protegem, as cachoeiras do entorno e os amigos que tenho aqui! Obrigada por ter me acolhido Belzonte!

Afinal, não há lugar melhor que BH...


terça-feira, 19 de julho de 2011

Discurso de formatura da turma de jornalismo 1º/2011 - Puc Minas


Boa noite. É com grande satisfação que me apresento como oradora da turma de formandos em jornalismo 2011.1 da Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais, nesta data tão sugestiva: 14 de julho, marco da Tomada da Bastilha, na Revolução Francesa, e dia Mundial da Liberdade de Pensamento.

Obrigada pela presença de todos, professores, funcionários, pais e amigos, enfim, pessoas especiais, escolhidas para compartilhar conosco este momento tão significativo em nossas vidas.

Grande responsabilidade falar em nome dos colegas e traduzir em poucos minutos o sentimento de uma turma, mas quem mandou faltar no dia da eleição para definir o orador? (risos)

Como nesses quatro anos o que mais fizemos foi aprender a contar histórias, permitam-me relatar um pouco da nossa.

Quando estes jovens se encontraram há 4 anos, tinham um sonho em comum: Cada um, à sua maneira, queria fazer diferença na sociedade. Por isso escolhemos ser jornalistas. E, ao contrário do que muitos podem pensar, a profissão é bem diferente do glamour que ainda permeia o imaginário coletivo. A realidade não é fácil. Para se ter uma idéia, de acordo com a pesquisa de uma página de empregos norte-americana, as carreiras de repórter e de fotojornalista figuram entre as 5 profissões mais estressantes do mercado. Eh minha gente... Desde o primeiro período os professores nos alertaram que não seria uma profissão fácil.

Ser jornalista é correr contra o relógio, é estar antenado a tudo, o tempo todo, é trabalhar bastante, geralmente com um retorno financeiro aquém do merecido. Ser jornalista é não poder confirmar presença em muitos programas de fim de semana ou marcar viagens com antecedência, pois nunca se sabe se estará de plantão. É administrar dois empregos ou vários freelas. É se esquecer de como era boa a dobradinha no feriado de Natal e Ano Novo.

Mas o que podemos fazer? Jornalismo é uma profissão que se escolhe por idealismo. Somos jornalistas porque gostamos de histórias, de gente, de contar histórias dessa gente, e, principalmente, porque desejamos, por meio dos nossos relatos, servir ao bem comum. E então concluímos que se o retorno financeiro às vezes deixa a desejar, a sensação do dever cumprido é nossa maior motivação e a melhor recompensa. É por isso que permanecemos no curso e hoje estamos aqui, dispostos a dar o melhor de nós no manejo responsável de uma das armas mais poderosas do mundo hoje: a informação.

E estamos preparados. Não prontos, porque o conhecimento não cessa, mas com certeza mais seguros, críticos, menos ingênuos e bem mais conscientes do nosso papel e de como nosso trabalho pode impactar a vida das pessoas. Nesse sentido, acreditamos que mais importante do que o certificado (que, dizem as más línguas, pode ter perdido um pouco do prestígio após a decisão do Supremo de extinguir a exigência do nosso diploma) é a bagagem que recebemos na universidade. Duas Propostas de Emenda à Constituição tramitam atualmente no Congresso e no Senado com objetivo de tornar novamente obrigatório o diploma para o exercício do jornalismo, mas, independentemente do resultado, sabemos que o nosso diferencial é o conhecimento adquirido.

Conhecimento que recebemos ao longo desses oito semestres nas aulas de cunho humano, como filosofia, teorias sociais e ética, nos ensinando a valorizar o que o outro tem de diferente e a respeitar sua subjetividade; até as aulas mais técnicas, como apuração e redação, onde aprendemos que a “arte” de contar histórias sendo fiel aos fatos nunca será uma tarefa fácil. Ou Oficina de Leitura e Escrita, na qual descobrimos que, se bem dosados, jornalismo e literatura fazem uma combinação deliciosa. Passando também pela política, economia, cultura nos diferentes suportes da web, radio e telejornalismo.

Mas além das matérias, ficam os momentos, as experiências. Desde o primeiro dia, como calouros, o primeiro churrasco, a primeira ida ao bar do Geraldinho, a primeira matéria publicada no jornal Marco, o primeiro estágio... Logo cedo percebemos que a principal característica da nossa turma seria a heterogeneidade. Daqui sairão expoentes do jornalismo gonzo, críticos de moda, apaixonados por rádio, assessores de comunicação, pesquisadores, especialistas em futebol, em cinema, em música e até em pôquer. Uma poliglota que viaja o mundo como intérprete? A turma de jornalismo do 1º semestre de 2011 tem. Uma atriz? Também. Até dançarino nós tivemos, com direito a participação na “Dança dos Famosos”, como professor da atriz Katiuscia Canoro.

Mas como em toda diversidade também se revelam afinidades, surgiram os inevitáveis grupos. Alguns até com nome, como é o das “Peores”, “Redação da Contigo”, e o “Grupo dos irregulares”.

Hoje olhamos para trás e nos lembramos de tudo com um carinho nostálgico. Quanto cada um de nós mudou durante esse tempo... Naquele primeiro período, era difícil saber quem levava jeito para o jornalismo, quem ia dar certo. Alguns ficaram pelo caminho, outros chegaram. E muitos surpreenderam. Crescemos, caímos, levantamos, aprendemos. Por isso podemos dizer, com convicção, que independentemente da estrada que cada um de nós percorrer daqui em diante, temos tudo para realizar aquele sonho lá do início do discurso, ou da faculdade, que é deixar a nossa “marquinha” no mundo. E se o homem é lembrado por aquilo que faz, o jornalista ainda mais, pois deixa tudo registrado.

A nós, meus amigos, eu desejo garra, um boa dose de sorte e muito sucesso nesta nova etapa. Compartilho do pensamento de Goethe quando ele afirma que “quando uma criatura humana desperta para um grande sonho e sobre ele lança toda a força de sua alma, todo o universo conspira a seu favor.” Um trabalho de muita responsabilidade nos aguarda, mas acredito que vamos corresponder à altura. Temos tudo para dar certo e, graças a Deus, uma grande torcida por nós.

Despeço-me com um poema que ouvimos bastante nas aulas de Circuitos Artísticos e Culturais, com o professor Ronaldo Boschi, lá no 1º período. Ele foi útil no início do curso e, tenho certeza, o será também agora.

"Elogio do Aprendizado”, de Bertold Brecht

Aprenda o mais simples!
Para aqueles cuja hora chegou,
Nunca é tarde demais!
Aprenda o ABC; não basta, mas aprenda!
Não desanime! Comece! É preciso saber tudo!
Você tem que assumir o comando!
Aprenda, homem no asilo!
Aprenda, homem na prisão!
Aprenda, mulher na cozinha!
Aprenda, ancião!
Você tem que assumir o comando!
Freqüente a escola, você que não tem casa!
Adquira conhecimento, você que sente frio!
Você que tem fome, agarre o livro: é uma arma.
Você tem que assumir o comando.
Não se envergonhe de perguntar, camarada!
Não se deixe convencer!
Veja com seus próprios olhos!
O que não sabe por conta própria, não sabe.
Verifique a conta. É você que vai pagar.
Ponha o dedo sobre cada item
Pergunte: o que é isso?
Você tem que assumir o comando.

Muito obrigada e boa noite a todos.


Sabrina Damasceno Martins

Belo Horizonte, 14 de julho de 2011.

segunda-feira, 6 de junho de 2011

Atenção redobrada no crepúsculo


"Certa vez um homem encaminhou-se para o quintal de sua casa durante o crepúsculo. De repente, num canto escuro, viu uma serpente enrolada. Assustado, gritou: 'Uma cobra! Uma cobra!' Sua voz chegou até várias pessoas que vieram correndo com pedaços de pau. Avançaram lentamente em direção ao canto escuro e um deles, mais afoito, armado de um galho comprido e afilado, deu uma estocada na serpente. Nada aconteceu.
Nisto chegou um velho com uma lanterna. Levou a lanterna próxima ao canto onde estava a serpente. A luz nada revelou a não ser uma corda enrolada. O velho deu uma risada: 'Olhem só vocês, gente cega tateando no escuro. Não há nada ali a não ser uma corda e vocês a tomaram por uma serpente.'

Para compreender a corda como uma corda, foi necessária a luz. Nós, também, necessitamos de uma luz - a luz da sabedoria (jnana). Com tal luz, o mundo não será mais um mundo e todas as qualidades que chamamos o não-Eu surgirão em sua verdadeira natureza.
Podemos usar essa analogia para também comprender outra questão. O crepúsculo é a hora mais perigosa. Por quê? Porque na escuridão total nem a corda nem a serpente poderiam ser vistas. À luz clara do dia a corda seria obviamente uma corda. Somente na semi-escuridão poderia o homem tomar por engano uma corda como sendo uma serpente. Se for um ignorante completo, tateando na escuridão, você nem mesmo verá a 'corda'- as penas deste mundo - e desejará compreender a verdade. Assim, Yoga nem se destina à pessoa que já obteve a luz nem à pessoa totalmente ignorante que não se incomoda em saber coisa alguma. Destina-se àquela que está entre ambas. É para dissipar esta ignorância que o Yoga é praticado."

Texto extraído de "Os sutras do Yoga de Patanjali", com tradução e comentários de Sri Swami Satchidananda.

quinta-feira, 28 de abril de 2011

O diário de uma perda




Nessa quinta-feira fui ao enterro do esposo de uma amiga muito querida. Nos meus 24 anos, é o segundo que presencio. O primeiro foi há alguns meses, em um contexo um pouco diferente, pois se tratava de alguém mais próximo, com quem compartilhei bons momentos, segredos e alguns sonhos e planos. Mas, apesar de diferente, a ocasião me fez reviver algumas sensações e refletir sobre alguns pontos:

* PRIMEIRO: Nunca achamos que vai acontecer conosco.
Mas... acontece! E é só a partir daí é que a gente realmente passa a se sensibilizar com a dor do outro.

* SEGUNDO: Mesmo que não tenhamos passado por uma experiência parecida, é preciso se colocar no lugar do outro.
Como jornalista, nunca gostei da busca por sinistros. Também não concordo com sensacionalismos baixos, exploração da dor, do horror, qualquer tipo de desrespeito à pessoa, e sempre achei estranho tratarem mortos como números frios ou insistirem em entrevistar famílias ou pessoas que que perderam entes. Mas essa minha aversão à espetacularização da notícia ficou ainda mais intensa depois que me vi na situação. Minha primeira perda foi noticiada em todos os jornais, pois se tratava da queda de um avião de pequeno porte. Eu simplesmente não tive coragem de ver os noticiários por 1 mês, temendo o que encontraria. E precisei fugir de conhecidos que insistiam em me contar detalhes que souberam, lendo, assistindo ou ouvindo. Já estava doendo demais... eu não precisava de mais isso.

* TERCEIRO: Muitas pessoas não sabem como agir, ou o que dizer a quem perdeu alguém.
Na dúvida, melhor não dizer nada. Eu acho ultrapassado e frio dar "Meus pêsames", "Meu pesar", "Meus sentimentos." Tá sentindo? Abraça e sente junto! Nenhum consolo vai tirar a dor (porque, pqp, dói demais!) e, dependendo do que disser, da ocasião e da forma, vai soar como moralismo desnecessário. Pode ser imperfeição minha, mas por algumas vezes pensei: "Como essa pessoa me diz isso se não sabe o que estou sentindo? Me deixa pelo menos chorar em paz, caramba!" E, se não sentir à vontade para se aproximar, penso ser mais bonito ficar de longe mesmo, em prece, pendindo pelos que foram e pelos que ficaram. O importante é não fazer nada forçado. Se não vem de dentro, só vai trazer desconforto a você e aos que o cercam.

* QUARTO: Bom senso!
Por incrível que pareça, o desconfiômetro está em falta no mercado. Está certo que ninguém precisa se debater em prantos e se desesesperoar para se solidarizar com quem está sofrendo, mas, em um momento como esse, ficar rindo? Falando alto? Comentando a roupa que vestiu ou vai vestir na festa X? Sou jovem, mente aberta, mas, cá entre nós, quase me senti ofendida quando passei por isso.

* QUINTO: Por que sentimos tanta vontade de tomar banho e trocar logo de roupa quando voltamos de um velório ou enterro?
Fiquei pensando nisso hoje, pois nem na minha cachorrinha eu queria tocar. Não tenho certeza, mas, matutando, cheguei à conclusão de que nos sentimos sujos porque as energias de tristeza ficam impregnadas em nós. A reação inconsciente, então, é nos livrarmos delas logo. Engraçado que não lembro de ter essa sensação quando o enterro foi da pessoa com quem eu estava emocionalmente muito envolvida. Talvez porque aquela vibração triste continuaria comigo, independente de quantos banhos eu tomasse, talvez porque fosse uma maneira de mantê-la de alguma forma perto de mim, não sei...

* SEXTO: Os amigos... ah... esses seguram a onda mais violenta.
Nas horas difíceis é que percebemos quanta diferença faz cultivarmos amizades sinceras. Aos que ficam, é consolador sentir que quem foi era muito querido. E, nesse momento de dor, só um abraço sincero, carinhoso e sentido para nos dar o colo que precisamos. Alguém que não vá nos dizer para não sofrer, mas que dirá que estamos juntos no amor que sentimos, na dor pela separação que vivenciamos, e que, também juntos, vamos sair dessa.

* SÉTIMO: A música faz milagres.
Sou suspeita para falar de música, mas posso afirmar que quando nenhuma palavra é capaz de chegar ao nosso coração, ela vem sutilmente e nos toca. Tem o poder de nos agitar ou anestesiar nossas fibras mais sensíveis. E, quando elevada, transporta-nos a dimensões onde o sofrimento não nos atinge. Por isso, em momentos difíceis, é sempre bem-vinda.

* OITAVO: Crença na vida eterna
Crer que a morte não é o fim de tudo é um grande consolo. Saber que ligações baseadas em amor sincero permanecem independente dos laços físicos nos dá força para seguirmos em frente e desperta em nós a doce esperança do reencontro. Não sei o que seria de mim, nem da minha amiga que perdeu o esposo, se não acreditassemos que há um algo mais além desta vida tão efêmera. Aliás, é mais do que crença, eu sinto que há uma Consciência Maior gerindo todos nós, em uma teia de acontecimentos que nada têm de ocasionais. Tudo tem um porquê, com experiências matematicamente planejadas de forma a impulsionar nosso crescimento. Ou seja, nada é por acaso e o fim não é o fim.

* NONO: É preciso amar, amar e fazer o bem, enquanto há tempo.
O bem que fizemos é o único tesouro que levamos conosco para a "nova vida" e maior conforto e exemplo que podemos deixar aos que nos amam. Nada paga o bom orgulho em poder dizer: "Vou sentir muita saudade, sim, mas porque essa pessoa me fez feliz. E vou tratar de cumprir minha missão também, para merecer um dia o reencontro, pois sinto que ela cumpriu a sua com dignidade". Certa vez recebi uma canção que dizia assim "Quanto tempo você tem? Quanto tempo você tem? Será que você sabe quanto dura a vida? Isso não dá pra dizer, ninguém saberá. Quanto tempo você tem? Tem que aproveitar o dom, pra fazer o bem! Quanto tempo você tem?" Disse tudo, neh?

* DÉCIMO: Prece
Faça uma prece de coração para ver se a dor não alivia?! Quando parece que está tudo perdido, nada tem solução ou que não vamos dar conta, eis que esse pequeno ato é capaz de modificar nossas vidas e fazer de um ser frágil a fortaleza em pessoa. Como dizia Alziro Zarur, "Nenhum sofrimento é vão, nenhuma lágrima se perde. A vida humana é apenas uma preparação para a verdadeira Vida. Não há um pranto sequer que Deus não veja. E quem não chora a sua lágrima secreta? O Pai Celestial guarda-as para toda a Eeternidade". Em momentos difíceis, a receita então é juntar amigos sinceros, música elevada e uma prece sentida.


Chegamos ao final de mais um texto de mim, por mim, para quem tiver disposição para ler. Um tema um pouco pesado, bem o sei, mas, o que não é pesado nesta vida? Eu precisava. Reflexões de minh'alma que podem não passar de balelas, cabe a você o julgamento. Independente do resultado, obrigada pela paciência.

sexta-feira, 22 de abril de 2011

Semana Santa - Jesus vive!!!

Certa feita, em uma enquete com jornalistas dos principais órgãos de imprensa norte-americanos no início da década de 1990, foi apresentada a seguinte pergunta: "Qual a manchete que mais lhes agradaria publicar?".

A esmagadora maioria escolheu a seguinte notícia:
- "Jesus voltou!"

Notadamente, a posição daqueles profissionais reflete toda a expectativa de uma civilização. O retorno de Jesus à Terra, fato prometido por Ele mesmo em Seu Evangelho, será tão impactante e renovador quanto a Sua Primeira Vinda.

(Trecho extraído do editorial da Revista Jesus Está Chegando, edição 109, p.22.)

Ao ler esse editorial me perguntei: o que faríamos se a manchete nos jornais de amanhã realmente fosse "Jesus voltou!"? O que aconteceria no mundo? E conosco? O que sentiríamos? Vergonha? Esperança?

Penso que, melhor do que nos fixarmos hoje a uma triste crucificação ocorrida há mais de 2 milênios, que serviu senão para elevar Jesus a um patamar ainda mais alto diante dos homens e dos Anjos, seria nos esforçarmos para reviver a cada dia os ensinamentos deixados por Aquele que, como gosta de destacar o jornalista José de Paiva Netto, foi o maior filósofo, político, pedagogo, economista, comunicador e religioso de todos os tempos.

Jesus voltou uma vez, por que não pode voltar de novo?! E, se isso acontecer hoje, amanhã ou daqui anos, como ele vai nos encontrar?

quinta-feira, 21 de abril de 2011

Mudando o foco








Por Sabrina Damasceno



Quando penso que já sei tudo
Me dou conta de que não sei nada
Se eu acho que entendo muito
A prova mostra que muito falta

Uma coisa estou aprendendo...
É preciso mudar o foco

Se o mundo parece frio e cruel
Olho no entorno e vejo mais belezas do que fel
Se os desafios me tiram do sério
A inspiração sutil diz que está tudo certo

Uma coisa estou aprendendo...
É preciso mudar o foco

Ao lamentar a boneca que não tem nariz
Por não ser perfeita em meus padrões de criança
A vida ensina a lição que me condiz
E perco o brinquedo que alegrava minha infância

Uma coisa estou aprendendo...
É preciso mudar o foco

Quem sou eu para julgar o coração do outro
Se nem o meu eu decifrei?
Quem sou eu para desrespeitar o momento alheio
Se fui eu quem descobriu lá atrás que nada sei?

Uma coisa estou aprendendo...
É preciso mudar o foco

E ao mudar o foco
Vejo que nem tudo são flores
Mas que também há muitas cores
Esperando por meu olhar
No fim, nem terei visto tudo
Mas quero ter bem-visto tudo que vi
Aparentemente, fotografias do exterior
Mas no fundo, na realidade,
nada além de reflexos de minh'alma