sábado, 31 de outubro de 2009

Perfil


Mulheres empreendedoras

Além de empreendedora, Mislena Alves Rodrigues, mais conhecida como Mila, é casada, cuida da casa e está se preparando para ser mãe pela primeira vez. A rotina multitarefada da futura mamãe, grávida de sete meses, representa o dia- a- dia da mulher moderna. Achou muito? Ela não se contentou. Ainda sonha em abrir um novo estabelecimento.

A empresária se divide entre os treinamentos da equipe do seu salão de beleza, localizado em um ponto estratégico do bairro Coração Eucarístico, a compra de mercadorias e o atendimento às clientes da nova loja de moda, inaugurada há 7 meses, próxima ao salão.

Embora os dois estabelecimentos estejam relacionados à beleza da mulher, Mila afirma que são ramos diferentes e destaca a importância de estar atenta às necessidades específicas de cada um. Para manter a qualidade, ela busca implementar uma filosofia comum aos dois. “Conseguimos juntar nos dois ambientes algumas coisas fundamentais: bom atendimento e qualidade no serviço, pois não adianta nada o preço lá em baixo, mas também não ter qualidade. A gente pensa sempre em atitudes que vão beneficiar tanto a loja, quanto a cliente”, afirma.

Uma das estratégias adotadas por Mila é facilitar ao máximo a vida das compradoras. Para isso, ela disponibiliza diversas formas de pagamento, como cartão de crédito, parcelamento em até quatro vezes e o uso de cheque para as clientes cadastradas. A inadimplência, segundo Mila, é praticamente zero.

A confiança e a fidelidade da clientela foram construídas a partir de outra experiência no bairro. Antes de abrir seu próprio negócio, há quatro anos, Mila trabalhava como gerente em uma loja de roupas no Coração Eucarístico. Já o conhecimento no ramo da confecção foi adquirido durante os cinco anos de trabalho em uma grande fábrica de jeans da capital. Para Mila, que acredita na força do conhecimento, essas experiências foram fundamentais: “Não adianta ter um bom ponto, uma boa equipe, uma boa mercadoria se não souber administrar”, pondera. Para gerir tudo isso, a futura mamãe empresária conta com a ajuda do marido, que organiza a parte financeira dos estabelecimentos.

Sobre a crise, que preocupou investidores e fez com que diversas empresas decretassem férias coletivas ou demitissem milhares funcionários mundo afora, Mila avalia que as consequências não chegaram ao varejo. “Não senti efeito nenhum de crise. Acho que ela não chegou aqui, pelo menos no pequeno varejo, não”, observa.

Apesar de ver a mão de obra qualificada como uma questão complicada, especialmente para empresas que estão começando e ainda não têm uma condição financeira estável, Mila espera prosperar nos próximos anos. “O próximo passo é, quem sabe, realizar o sonho de abrir mais uma loja”, arrisca. Realizada, ela não pretende mudar de ramo. “É o que eu sei e o que eu gosto de fazer”, conclui.

(Matéria produzida para a disciplina de Jornalismo Econômico)

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