quarta-feira, 30 de janeiro de 2008

Heróis de Verdade - Parte II

Nas citações anteriores, o autor questiona a forma extremamente fantasiosa com que temos encarado a vida. Nessa segunda parte, ele destaca algumas “armadilhas” que contribuem para nos inserir no jogo de aparências. Segue...

HERÓIS DE VERDADE – PARTE II


ARMADILHAS:

Primeira Armadilha: Provar que você tem sucesso
Para mostrar o sucesso que não têm, as pessoas começam a mentir. No começo, mentem para os outros, depois mentem para si mesmas. Com o passar do tempo, tornam-se escravas das ilusões que criaram. [p.55/57]
Segunda Armadilha: Você tem de estar feliz o dia inteiro
O que faz a gente ser feliz é viver plenamente a vida, esse maravilhoso movimento cheio de subidas e descidas que, ao intercalar altos e baixos, torna ainda mais especiais os momentos de alegria. Contudo, as pessoas embarcam nessa viagem maluca de parecerem felizes todos os dias e acabam semeando tristeza por todos os lados. A depressão brota em quem se sente inadequado nesse mundo de fogos de artifício. [p.58/59]
Terceira Armadilha: Gente de sucesso compra tudo o que quer
É incrível, mas há muita gente que se endivida apenas para poder adquirir o computador de última geração, a televisão de plasma, o jogo eletrônico da moda. No mundo de hoje, admiro as pessoas que compram as coisas de acordo com suas necessidades, sem desperdícios.
Que sabem curtir o que têm e não usam bens materiais para mostrar que são poderosas.
Que revelam desprendimento de suas conquistas porque sabem que a maior conquista foi a experiência de alcançar seus objetivos.
Que têm certeza de que o importante não é o diploma, mas o conhecimento adquirido durante o curso.
Que sabem que sua maior força não está na conta bancária, e sim em sua capacidade de amar. [p.63]
Quarta Armadilha: fazer as mesmas coisas que as pessoas de sucesso fizeram
A quarta armadilha está no mito de que as pessoas de sucesso têm um jeito único de pensar e que devemos agir exatamente como elas para também ter sucesso em nossas ações.
São infinitos os modelos a seguir! O que as pessoas não percebem, no entanto, é que se optarem por comportamentos formatados pelos outros terão poucas oportunidades de fazer as coisas da maneira como gostariam. [p.66]

CONVITES PARA AS ARMADILHAS:
Exigências para que provemos nossa importância
Antigamente, quando, ao ser apresentada a uma família conservadora, a pessoa tinha que responder a todas essas perguntas:
_Qual é o seu sobrenome? Quem são seus pais? Onde você trabalha?
As cobranças estão maiores do que nunca, só mudaram as perguntas. Mas quando acreditamos que somos importantes por ser quem somos, não precisamos provar nada a ninguém, nem a nós mesmos. Desenvolvemos uma consciência profunda a respeito de nosso valor e não nos deixamos levar pelas cobranças que nos fazem. [p.74]
Orientações de pessoas queridas
Às vezes pessoas que nos amam intensamente dizem o que é melhor para nós e acabam nos desviando do caminho da realização pessoal. [p.76]
Atribuições que nos iludem
Sempre que ouvir opiniões dos outros sobre você, lembre-se de que são apenas a manifestação das idéias deles. Afinal, todos nós temos a tendência de ver o que queremos ver. Não pense que essas opiniões estão corretas nem que, se segui-las, tudo vai dar certo em sua vida. Mesmo que seu pai seja seu herói, você não precisa seguir todos os conselhos dele para ser um herói de verdade [p. 78/79]
Provocações de pessoas maldosas
A cada dia, os convites para agir como super-heróis vêm em forma de um novo desafio:
_ Esse carro é muito caro para você comprar.
_Você é muito filhinha de papai, não vai ter coragem de transar com dois caras ao mesmo tempo.
_ Um caretinha como você não vai ter peito de tomar ecstsy.
_ Duvido que você tenha coragem de levar esse negócio contrabandeado para a Europa!
Uma boa resposta nesses casos é dizer simplesmente:
_ Azar o seu...
Para que dar valor para alguém que não valoriza verdadeiramente você? [p.80/81]
Comparações destrutivas
Comparar é humilhar. É mostrar ao outro que ele é inferior. A comparação sempre leva a pessoa que está sendo comparada a se sentir por baixo e tem a finalidade de fazê-la avançar até o patamar que o outro impõe.
Alguns exemplos:
_Meu ex-namorado sempre me levava para jantar fora.
Na verdade o que ela quer dizer é: “Seu pobre miserável!”
_ Minha “ex” nunca teve problema de peso.
Na verdade o que ele está dizendo é: “Sua gorda horrorosa!”
Diante de comparações assim, há duas alternativas (...). Deixar ao outro o trabalho de comparar e não aceitar o desafio ou procurar mostrar ao outro que você é melhor – o que, ao fazê-lo, sem perceber, você já assinala que é inferior, pois quem quer superar alguém normalmente se sente inferior. [p.82/83]

“Concentre-se em suas vocações e em seus talentos, e não se preocupe em agradar a ninguém. Viver para ser admirado pelos outros cria apenas fracasso e frustração.” [p.85]

Continua...

Para saber mais sobre o autor desse livro e suas obras, acesse www.shinyashiki.com.br

Nenhum comentário: